Lembro-me dos dias em que estava agarrada ao trabalho 12 a 14 horas diárias, a viver uma vida baseada em atingir prémios, incentivos e em ser a nº1, só que me faltava qualquer coisa. O salário era incrível, os prémios eram ainda melhores e o reconhecimento profissional era o meu combustível para continuar neste frenesim. E, apesar de o meu propósito ser claro, cingia-se apenas a uma área da minha vida, que era a carreira.
Todos me reconheciam, clientes, colegas, as minhas chefias… mas chegava a casa, abria a porta e a vontade de voltar a um outro qualquer lugar onde me faziam sentir reconhecida era maior.
Pior do que não ter com quem partilhar uma tristeza é não teres com quem partilhar uma vitória ou uma celebração. Ou, ao partilha-las sentires uma reação que te deixa triste e que te mostra que não pertences ali.
O sentimento de que não tens valor para alguém é horrível e dói…
É uma das causas de insatisfação e que nos leva a uma dor tal que, ou damos um basta, ou entramos nas estatísticas das pessoas deprimidas ou com doenças mentais.
Na realidade, quando nos tornamos workaholic é porque queremos preencher todo o tempo para sentir aquilo que não temos noutros pilares da vida.
Infelizmente descobri isso na primeira pessoa.
A gota de água foi no dia em que, a trabalhar com um cliente, ele me diz:
“A Alexandra deve ser uma mulher tão estimada, valorizada e apreciada pelo seu marido…”
E eu controlei-me, geri as minhas emoções até chegar ao carro onde desabei a chorar e, disse a mim mesma: “Basta! Não te podes permitir mais isto! Tens que mudar!”.
Não podia ser possível eu ser tanto, atingir tanto, inspirar tanto numa área e a outra ser tão má… Porque a verdade é que eu não tinha, nem nunca tive, o tão almejado esteio familiar antes.
E, sim, descobri que EU é que tive que mudar.
O que EU queria para a minha vida, o que eu sentia que merecia e quais eram os meus comportamentos, que não estavam de todo alinhados com isso…e o que eu me estava a permitir viver.
O trabalho de auto desenvolvimento é sempre longo, muito longo. Mudar comportamentos dói.
Para além de estarem enraizados, custa admitir que nós é que estamos errados.
Este processo de auto conhecimento, desenvolvimento, crescimento e, transparência acima de tudo, de mim e comigo, é que fazem hoje a Alexandra. Este novo SER que tem regras e objetivos de viver completamente diferentes da pessoa que eu era.
Não é por trabalharmos nos mais altos padrões de excelência, com retorno financeiro, benefícios extraordinários e reconhecimento profissional que somos felizes.
A FELICIDADE é uma decisão interna que vai muito para além das competências, da inteligência e da ambição. É uma decisão assente no SER, na tua centralidade enquanto SER Humano, e, a que te propões viver nesta caminhada chamada VIDA.
Quando abanamos pilares estruturais da nossa identidade e nos transformamos, aí sim, essa nova pessoa, é FELIZ, a ABUNDÂNCIA FINANCEIRA é uma certeza e passamos a SENTIR, VIVENCIAR e a ATRAIR relacionamentos duradouros, fortes e alicerçados no AMOR e CONTRIBUIÇÃO.
Será que conseguem imaginar a força, o poder, a determinação que tem esta nova pessoa?
O que custa empreender depois dos 46, realizar sonhos, ter a melhor qualidade de vida de sempre, o relacionamento para a vida, a segurança financeira e sempre perspectiva de crescimento e objetivos claros?
NADA! Apenas 4 verbos: decidir, aplicar, concretizar e celebrar (muitas vezes)!
Se a tua gota de água, já chegou ao topo várias vezes e outras até transbordou, dá um BASTA como eu dei, clica no link e vem descobrir comigo a forma, a estratégia e o que fazeres para chegares lá tu também.